terça-feira, 2 de março de 2010

Almoço estragado

São 13 horas, nossas crianças chegam da escola e se sentam de frente da televisão, e em um canal aberto se deparam com cenas pornográficas e obscenas.

Não é um filme proibido para menores, é um programa que se diz “jornalístico”, passando um show de funk, e mesmo que em tom de critica, usa imagens explicitas e sem nenhum pudor de um terrível bacanal.

Mulheres de lingeries minúsculas, ao som de uma musica com letras chulas, não só requebram até o chão, mas fazem gestos que simulam uma relação sexual. Não me indigno só pela imagem que as dançarinas passam de que a mulher é um objeto usável e descartável, mas principalmente me indigna o fato da mídia mostrar sem nenhum cuidado ou preocupação essas cenas, em pleno horário de almoço, no qual as famílias se reúnem, e as crianças buscam se divertir.

Que país é esse, onde tudo pode, e o seu povo se cala como se não tivesse o mínimo de senso critico? Que povo é esse, que aceita que suas crianças sejam ensinadas e formadas por uma mídia sem pudores e limites?

Não estou pregando censura, mas creio que o povo brasileiro precisa dá um basta a esse tipo de mídia sensacionalista, que enche nossas casas de lixo, e que não mede conseqüências para alcançar uma boa audiência.

E se não há bom senso na nossa mídia, nos falta muito mais, pois a mídia reflete o seu povo e o povo é movido pela mídia. Sim, eu sei, somos nós que permitimos e compramos esse tipo de programa, somos nós que os patrocinamos e fazemos deles um sucesso. E depois dizemos: “nossas crianças não tem limites, nossos adolescentes são rebeldes, as pessoas não dão mais valor a vida, não respeitam mais o seu próximo”.

Mas somos os primeiros a ficarmos em frente as nossas TVs, e damos o tão desejado Ibope para a desumanização da sociedade, comendo pipoca enquanto assistimos a impunidade e as barbáries na telinha.





Um comentário:

Dell Barros disse...

Falou tudo! É a pura verdade... infelizmente.