domingo, 13 de dezembro de 2009

Amor libertador


Em minhas reflexões sobre o amor, sempre pensei que  ele tivesse o caráter de liberdade e crescimento. Contudo, as cenas e historias que tenho presenciado ultimamente me dizem o contrário.
Ouvi uma menina dizer: “entrei no orkut do meu namorado e exclui todas as meninas que ele  tinha como amiga, só deixei as tias e as primas e olhe lá!”.
Em outro lugar, a mãe liga de cinco em cinco minutos para a filha crescida, para saber onde ela está!
E o amigo se recente ao descobrir que o amigo foi na esquina e não lhe chamou.
Esses são exemplos tão pequenos, dessa onda de um amor aprisionador. As pessoas se sentem donas umas das outras, acham que podem submeter à vontade do ser amado a suas vontades egoístas. Não que o amor não tenha que ceder e abrir mão de muitas coisas, pelo contrario, o amor deve se comprometer com o outro, e pra mim, isso significa ser capaz de deixar de lado as nossas inseguranças e dar liberdade para o outro ser quem ele é.
É engraçado quando as pessoas começam algum tipo de relacionamento  pensando, fulano é assim, mas eu o mudo, e em outras palavras quer dizer: “amo  fulano, mas vou tirar todas as suas características próprias e prendê-lo a mim!”
Sempre achei que o amor tem sim o poder de transformar, mas não o de sufocar, o poder de construir e não o de destruir uma identidade. O amor aparece-me como uma escolha, e não como uma única e torturante opção.
Mas é claro, não posso medir o maior amor, se é do que prende os seus pássaros em uma gaiola, com o intuito de sempre está perto provendo cuidados; ou o que leva seus pássaros a uma floresta e os solte lá, mesmo sabendo que não estará ao alcance dos seus olhos, mas dando uma oportunidade para que ele construa e experimente a sua própria historia.
Outro dia conversaremos mais sobre o assunto...
E lembrando sempre que esses são meros pensamentos. E vc o que pensa sobre o amor?

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