segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Eu salvei uma vida!


Na verdade foram três... e as três foram salvas de afogamento. Não se engane não, não sou uma grande nadadora, só estava no lugar “certo” na hora “errada”, hehehe!




O primeiro que salvei foi meu primo, ele era pequeno e caiu na parte funda da piscina e  começou a se afogar. eu que na época deveria ter uns 10 anos pulei na parte funda e heroicamente levantei-o para que conseguisse respirar. Como a piscina me cobria e não tinha tanta habilidade para nadar carregando alguém comigo, segurei o fôlego e fui andando até a parte rasa, segurando-o acima da minha cabeça. Hoje ele tem 16 aninhos e se tornou um lindo jovem. Hehehe!


O segundo e terceiro salvamento foi em um rio, a moça não sabia nadar e queria ir para o outro lado, para isso precisava atravessar a parte funda que ficava bem no meio do rio. Então a amiga dela prontificou para atravessá-la nas suas costas, contudo, quando chegaram no meio do percusso, na parte mais profunda, a amiga que carregava perdeu as forças e começou a afundar e juntamente com ela a que não sabia nadar, que grudou na cintura da amiga e as duas foram para o fundo. Sorte delas que eu estava ao lado, acompanhando o percurso.


Comecei a me desesperar, gritei por ajuda e ninguém me ouviu. O jeito foi mergulhar e peguei pelo braço a que não sabia nadar e digamos de passagem que ela era bem maior (em todos os sentidos) do que eu. Tive força o suficiente para jogá-la mais na frente, onde era mais raso e assim pude libertar a amiga para que ela conseguisse nadar.


Todos esses fatos me fazem pensar que...
Talvez eu não tenha nada a vê com os salvamentos, e que se eu não estivesse lá às coisas poderiam até ser diferentes, mas provavelmente as pessoas continuariam vivas. Acho que seria um pouco de prepotência me achar capaz de salvar alguém. Ah, e acho que o sentimento mais comum pós-salvamento, não é a felicidade e sim o alivio!
Existe muita gente com a síndrome de "salvador da pátria", que se acha o grande salvador da humanidade, e sem perceber, trata as outras pessoas com prepotência e com um olhar de superioridade. Devemos ter cuidado, para que as boas intenções não estejam encharcadas de motivações equivocadas.

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